Acidente de Trabalho em SC – DTMSEG – Saúde e Segurança do Trabalho LTDA.

Comentado por Dra. Nilza Machado 07/01/2020

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Quando eu leio uma noticia de acidente de trabalho como essa do Ângelo Kaiser, de 45 anos e 25 anos na profissão de Borracheiro sempre penso: o que poderia ser feito para impedir esse acidente e o que fazer para que ele não se repita?

Inevitavelmente penso nos 05 estágios de maturidade da cultura de Segurança no Trabalho e nos 05 fatores a serem considerados quando analisamos a nossa empresa ou uma empresa cliente.

Leia a noticia do acidente na Íntegra. Fonte: G1 Globo

Sabemos que mudar a cultura não é uma missão fácil o processo é lento. O ponto de partida é conhecer o estágio em que a empresa se encontra e realizar o planejamento para as mudanças.

Conforme o modelo desenvolvido por Anastacio Pinto Gonçalves Filho os estágios de maturidade da cultura de Segurança no Trabalho são:

Patológico, Reativo, Burocrático, Proativo, Sustentável.

E os Fatores a serem analisados são:

Informação, Aprendizagem organizacional, Envolvimento, Comunicação, Comprometimento.

Houve épocas em que as empresas acreditavam que o resultado era obtido somente pela área de Vendas, quando eu comecei a trabalhar em 1974 e nas décadas 80 e 90 a área de Vendas era idolatrada, mas hoje sabemos que um bom resultado só é alcançado quando  todos são comprometidos com OS VALORES que regem a empresa e Segurança no Trabalho deve ser um dos Valores definidos pela Alta Direção.

Não existe milagre existe plano de ação para mudanças de cultura  e segundo Cooper (2001) no início da década de 1960 ao fim da década de 1970 foram realizados estudos nos Estados Unidos para identificar as características principais de empresas com uma cultura em segurança madura e, consequentemente, com baixo índice de acidente do trabalho.

A conclusão foi que as empresas com as características procuradas apresentaram:

Comprometimento da alta liderança com a segurança do trabalho;

Contato próximo e boa comunicação entre todos os níveis da organização;

Excelente controle das condições perigosas no trabalho;

Uma força de trabalho estável e madura;

Procedimento para seleção, contratação e promoção de colaboradores;

Promoção de treinamentos voltados para a segurança do trabalho, bem como acompanhamento da eficácia;

Planos contínuos reforçando a importância da segurança do trabalho, incluindo relatórios de quase acidentes.

A imagem abaixo apresenta o modelo de maturidade em cultura de segurança proposto por Cooper e Finley.

O acidente do Ângelo Kaiser nos conduziu a fazer esse conteúdo para compartilhar ideias com o objetivo de que acidentes como esse nunca mais aconteça.

Nossos votos de saúde para o Angelo.

Vamos em frente!

Dra. Nilza Machado

Dra. Nilza Machado
Dra. Nilza Machado
Advogada com especialização em Gestão de RH e Transdisciplinaridade em Saúde, Educação e Desenvolvimento Humano. Desenvolvedora de metodologia para a Gestão de RH. Especialista em eSocial, Reforma Trabalhista, Legislação Trabalhista e Previdenciária e Legislação de SST. Experiência de 48 anos na área de Recursos Humanos. Co-autor del Trabajo Presentado en Comision Nº 2 de 21 a 24 de Abril de 2015 na XX JOLASEHT – Jornadas Latinoamericanas de Seguridad e Higiene em el Trabajo sobre o eSocial.

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