Atenção no SST: Doenças ocupacionais são alvo das intervenções em saúde do trabalhador – DTMSEG – Saúde e Segurança do Trabalho LTDA.

As doenças osteomusculares, mentais e comportamentais são os alvos mais frequentes das intervenções em saúde do trabalhador (ST). É o que aponta artigo de revisão publicado na Revista Brasileira de Saúde Ocupacional (RBSO).

Por meio de revisão em materiais publicados de 2010 a 2019, os especialistas analisaram 147 estudos. “Com o propósito de contribuir com a sistematização do conhecimento sobre os estudos de intervenções em ST, e facilitar o desenvolvimento dessas ações para transformações das situações de trabalho e prevenção de acidentes e agravos”, explicam os autores.

Os resultados indicam uma representatividade mais acentuada dos órgãos públicos em relação à implementação de intervenções nos setores relacionados à educação, do ensino fundamental, médio e superior, e às atividades de atenção à saúde.

A preocupação com as doenças ocupacionais também entra em pauta. Cerca de 50% dos materiais revisados tinham como escopo as doenças osteomusculares, mentais e comportamentais, que são as patologias mais notificadas no país.

De 2007 a 2020, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) registrou 94.163 casos de LER/Dort (Lesões por Esforços Repetitivos / Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) e 12.969 casos de transtornos mentais relacionados ao trabalho.

Outro aspecto que chama atenção no artigo é o baixo número de intervenções específicas para prevenção de acidentes, frente aos 794.410 registros de acidentes de trabalho graves notificados pelo Sinan, entre 2009 e 2019.

“Existe uma necessidade clara de que as intervenções alcancem aspectos organizacionais, aumentem a participação dos trabalhadores e tenham o caráter de transformar as situações de trabalho”, constatam os autores.

Veja o resumo desse estudo:

Objetivo:
Analisar a estrutura, o funcionamento das intervenções para prevenção de agravos e a promoção da saúde do trabalhador no Brasil, segundo os critérios de sistematicidade, agência transformativa e transformação.

Métodos:
Foi realizada uma revisão de escopo de estudos empíricos publicados entre 2010 e 2019. Para avaliar e interpretar os achados e discutir suas possibilidades e tendências de desenvolvimento, utilizaram-se os três critérios mencionados.

Resultados:
Foram incluídos 147 estudos; observou-se que o objeto da intervenção é mais comum em elementos isolados do sistema de atividade produtiva do que sobre o conjunto completo; a agência transformativa dos atores envolvidos é pouco estimulada; a transformação efetiva das condições que deram origem às intervenções aparece com mais frequência nas situações em que se pretendia mudar apenas aspectos proximais aos agravos de saúde.

Conclusão:
Embora parte dos estudos reporte mudanças implementadas, a maioria deles não refere intervenções sobre os determinantes de saúde e não envolve os trabalhadores como protagonistas das mudanças. Os achados permitiram discutir possibilidades de desenvolvimento e desafios para intervenções.

Leia esse estudo na íntegra clicando aqui!

Fonte: Fundacentro

Gostaria de terceirizar os envios dos eventos de SST ao eSocial? Entre em contato com um de nossos especialistas!

 

Vamos em frente

Dra. Nilza Machado
Dra. Nilza Machado
Advogada com especialização em Gestão de RH e Transdisciplinaridade em Saúde, Educação e Desenvolvimento Humano. Desenvolvedora de metodologia para a Gestão de RH. Especialista em eSocial, Reforma Trabalhista, Legislação Trabalhista e Previdenciária e Legislação de SST. Experiência de 48 anos na área de Recursos Humanos. Co-autor del Trabajo Presentado en Comision Nº 2 de 21 a 24 de Abril de 2015 na XX JOLASEHT – Jornadas Latinoamericanas de Seguridad e Higiene em el Trabajo sobre o eSocial.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress
Precisa de ajuda?